segunda-feira, 5 de março de 2012

Quando eu descobri que te amo

Eu tinha duas escolhas: acreditar ou deixar passar. Se eu confio que minha percepção não perdeu seu bom humor sigo no caminho e, como consequência, penso sobre ele. A cada passo meu rastro me deixa ver a verdade, eu me viro, tomo conta daquilo que tomou conta de mim e me certifico; se confio no que vejo, continuo. Aconteceu e de tudo me certifiquei. Mais um passo e o que ficou para trás é meu; meu afeto, minhas sensações. A pista é clara: apenas siga se acredita! Eu resolvi acreditar e, naturalmente, descobri que te amo, porque acreditar é diferente de entender. Quando acredito, confio e por confiar credito fé, diante essa fé, eu submissa, me convenço.

O caminho do entendimento é lógico, contudo a bondade coerente da minha fé me fez amar. Descobri que te amo quando, simplesmente, me esqueci dos motivos que me fazem te querer por perto; quando, por natureza humana, esperei que tudo me atravessasse para descobrir quem você é para mim. E isso vem lá de dentro do peito, do miolo do meu humano coração que cativa essa fé sem virtudes, sem disposição nenhuma de ser vista, esclarecida ou entendida, ela existe por ter nascido e isso já basta.

Nos breves e bons momentos em que teus olhos se abrem para mim, com verdade, em mim se abre um rasgo de alegria que representa, num segundo, a imensa harmonia que tua atenção me causa. O resto de mim é febre, que vem de uma vontade de convencer você que somos um do outro, mas só posso me levar a reconhecer essa verdade sozinha, fica ao destino te render, cabe à gentileza desse amor te entregar. Serei tua, pois tua é o que me falta ser. Ser meu é o que cabe ao meu amor cumprir.

“E de te amar assim, muito e amiúde, é que um dia em teu corpo, de repente, hei de morrer de amar mais do que pude.”

Enfim, eu te amo.

[Carol Carolina]

Um comentário:

  1. Que maravilha Carol, lindo! Parabéns, vc tem o dom das palavras e de tocar nosso coração!
    Saudade grande de ti, sucesso!!!

    (Mi)

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