sexta-feira, 13 de maio de 2016

patéticos

somos patéticos. pa té ti cos e arrogantes. crentes da destruição da moral, mas não se esqueçam; patéticos. de qual? insuperáveis resignados do 'eu vi', 'eu sei' , pelo sim, pelo não, pelo muro, pelo que me satisfaz. e me traz. e me beneficia. e me. e só. isso que nos come dia a dia. nos mata pouco a pouco. não é o tempo. é a perda. melancolia insalubre energia doente gasta e comprada. quero ver quem paga. mixaria. migalha. antes fosse melancolia de lars. um planeta inteiro sem dialética nem histeria estruturada e reproduzida. um único objetivo, o fim. tô dentro. e fora. pois somos patéticos e só isso nos faz ímpar, porque ser par é exibicionismo carente. eu, que como ele, tantas vezes vil. e que também sofro angústia das pequenas coisas ridículas. preferiria a dormência. anestesiai-me. perco amigos e a piada também. minha pátria desimportante a todo instante eu te traí... não por isso. patéticos somos. patéticos. mas voltemos ao amanhã, ao ontem, porque hoje é muito pra quem tem olhos pra ver. essa gaiola gigante. com a porta aberta. ela tinha razão. humanizamos demais a vida. 

Carol Rodrigues [ou seria Carolina?]

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