sábado, 6 de agosto de 2011

Imortal

Silenciosamente, me despido de mim mesma, da criança, da menina, da mulher até que reste apenas meu gênio, meu espírito compassivo e minha herança neurótica; e, então, me visto de renúncia e renasço.

Insisto nesse pasto cósmico ruminando minhas experiências e impressões para que sejam realmente digeridas e não me causem mais dor, nem indiferença. Tudo o que passei me compõe. Tudo o que vivi em mim habita.

Acerca da estrada que sigo, uma palavra célebre; trégua. 

Carecemos de inspiração divina e de ficarmos em paz com nossas escolhas. De uma maneira altiva, quero extinguir o incômodo entre o caminho da retidão e o virulento mundo material e transitório, eles coexistem e eu coexisto neles.
  
Cuidarei dos assuntos da minha alma diretamente com dEUs. Sem intermediários, nem formalidades. E quando fizer meu acerto de contas com a vida e morrer, que eu seja imortal.

[Carol Carolina]

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