Eu e a barata, ou melhor, as baratas

Um dia desses no facebook eu comentei sobre o status da Fernanda, que dizia sobre a sua espera ao guarda do condomínio para trocar o gás de cozinha da casa dela. Bem, escrevi a ela sobre minhas novas aptidões, as quais fui forçada a aprender; trocar lâmpada, instalar TV, pregar quadro, entre outros, essas coisas que quem mora sozinha precisa fazer. Porém, se tem uma coisa que homem faz falta é para matar barata. Veja bem, um homem faz falta pra um monte de coisas, mas matar barata diz respeito apenas e unicamente ao homem, mulher definitivamente não nasceu para isso.

É verão, o esgoto está fervendo e as coitadas precisam sair. Tudo bem, eu entendo, desde que eu não as veja. Podem entrar no apartamento, assistir à TV, cochilar no tapete fofinho e dar aquela refrescada, mas se escondam, corram, enfim... Sumam quando notarem minha presença.

Levantei do sofá hoje e dei de cara com uma barata média (é, tem as pequenas, as médias e as mal-educadas), corri, peguei o Baygon e meia hora de jato em cima da coitada foi pouco. A verdade é que esses venenos realmente deviam paralisar e matar como está escrito bem claro: PARALISA E MATA. Eu acreditei! Só que alguém devia avisar ao fabricante que o desespero da barata é mais assustador do que ela viva numa boa. Parece que ela adivinha e faz de propósito, a coitada corre para cima da gente, corre para debaixo da geladeira, começa a subir a parede e você fica ali se perguntando; não era para paralisar? Morreeeeeee!!!  Pronto!

Depois de perder 300 calorias com a barata média, adivinha quem estava procurando a filha baladeira na noite paulistana lá no quarto dos fundos? A barata mais mal-educada que já vi nessa vida. Uma falta de respeito. Como Deus pôde ter feito algo tão aterrorizante e ainda dar asas a essa grosseria? E ela tinha! Certeza que voava.

Ok! Eu me vi na situação mais penosa e idiota do mundo. Tenso. Dez minutos de pura indecisão, ou eu encarava a gigante ou eu encarava a gigante. Fui chegando perto, ela estava bem no alto da parede, mais perto, perto e sim, ela voa. Não foi meia hora de jato, no máximo dez segundos e sai correndo, fechei a porta.

Sufoco! Se ela morreu eu não sei. As únicas coisas que sei são: Só abro aquela porta de novo acompanhada de alguém e Baygon em excesso dá dor de cabeça. Ui!

[Carol Carolina]