ALTER EGO ÀS AVESSAS

Quantas vezes ao dia é preciso sorrir para se constatar felicidade? Foi justamente esta dúvida que me ocorreu hoje e, por favor, antes de escreverem qualquer franqueza peço a gentileza de deixarem meu desventurado ego com suas preocupações obsessivas diárias. Nada mais justo, pois em alguns meses pretendo me livrar dele e seus desejos e exigências infundadas, afinal percebi que definitivamente ele já aprontou muito. Por isso, vou tirá-lo do poder e quem sabe deixar o coração proteger e guiar minha felicidade.

O novo candidato, apesar do seu jeito Maysa de ser, me garante que isso é apenas uma fase e, ainda assim, diante as dificuldades consegue me fazer sorrir mais, me recarrega com lembranças de experiências pessoais abençoadas, aproximam o dom e a finalidade, não permite preocupar-me tanto com as mudanças e variações das coisas e apesar de ser deixado ao abandono nunca me deixa só.

Um mandato diferente. Destituir o ego será um golpe deveras questionado pelo meu processador de idéias, ainda fico meio cá e meio lá com minhas expectativas, mas decididamente será um caminho mais bonito a se percorrer, resumindo: tem muito mais a ver comigo. “Ham-sa: Eu sou Isso!”. Nomeio este fiel e reabilitado coração meu atual e constante guia.

[Carol Carolina]

iu.
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“Assim como existe na escrita uma verdade literal e uma verdade poética, também no ser humano existe uma anatomia literal e uma anatomia poética. Uma delas você pode ver; a outra, não. Uma é feita de ossos, dentes e carne; a outra é feita de energia, memória e fé. Mas ambas são igualmente verdadeiras.”

[De um livro muito especial...]